domingo, 29 de janeiro de 2012

RASCUNHOS...de Sombras

As noites deixam de ser sombrias a quem as percorre sozinho... As paredes vazias suas companhias frias entre ruas escuras, num sufoco dormente, deixo um rastro fino de luz...Que jaz morto pelos homens que cruzam meu caminho e deixam seus pensamentos na aura escura da alma... Que posso buscar acima da colina que se ergue imponente ao longe, com suas curvas sinuosas a me convidar numa visita a outros povoados!!! Somente a morte levo aos que encontro pelo caminho e isso me mortifica e penaliza, nem o poder de viver mil anos alivia a agonia do cheiro suave do ferro que corre nas veias do corpo ambulante... Numa suplica corro por um animal qualquer que possa me saciar a sede, para que com isso eu poupe mais uma vida...Vida!!! Nem mesmo uma noite de orgias pode acabar bem, vivo sem... Vagando entre muitos despercebida sem alarmes levo isso que se chama de vida, pobre agonia... esse escuro caminho que me foi concedido... Eu grito nas noites de trovoada assim nada me escuta ou se amendronta com minha fome... isso mais um desabafo do que lamento, agora me deito e vejo o sol por entre cortinas negras nascendo, queimando peles lindas num calor perigoso da vida....

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